terça-feira, 30 de novembro de 2010

O poder dos homens sobre as máquinas


As estratégias de marketing político digital mostram o homem como protagonista diante as novas tecnologias, não o contrário.


Olhando para trás e lembrado tudo o que foi estudado, criticado e debatido na disciplina Comunicação e Tecnologia acho que podemos chegar à uma breve conclusão: Mesmo com o avanço das novas tecnologias e a propagação de discursos saudosistas que afirmam o apoderamento das máquinas sobre o ser-humano, o homem continua tendo posição de destaque em meio a essa avalanche de novas máquinas.

O que deve ser analisado aqui é que as novas tecnologias se configuram como uma extensão do homem, homem este que se aproveita dos benefícios que elas podem lhe proporcionar, pode ser refém dos malefícios que elas geram, mas que estará sempre centralizando as discussões destes ofícios.

Retomando os rumos deste blog, vemos como o homem, sempre em posição de destaque em relação as suas invenções, tem se apoderado de ferramentas da web para fazer marketing político. Depois de uma efervescência de análises do período eleitoral cabe aqui vermos um grande personagem que se destacou na campanha presidencial ao fazer uma propaganda pró Dilma, primeira mulher eleita presidente do Brasil.

O vídeo do estudante goiano Paulo Reis, o “DilmaBoy”, foi o vídeo de humor mais compartilhado do mundo nas redes sociais Facebook e Twitter, de acordo com o site Zocial.tv, que classifica filmes da internet de acordo com a quantidade de citações nos sites. No ranking geral, que considera todas as categorias de vídeo, ele aparece na quinta posição.




Após estourar na web saltando em poucos dias para mais de 58 mil visualizações, o vídeo do estudante, que ficou conhecido pelo apelido de “DilmaBoy”, foi propagado até mesmo pela campanha oficial de Dilma Rousseff (PT). O deputado federal José Genoíno e a presidente eleita elogiaram o filme no Twitter.

No vídeo, Reis, que já declarou não ter qualquer filiação política, compara Dilma a Evita Perón em uma paródia da música Telephone de Lady Gaga. “Sorry, Serra, mas essa você vai perder. Ela não é o cara, mas é amiga do homem. Você não é o cara nem amigo do homem”, canta o DilmaBoy. O sucesso foi tanto que o estudante mudou seu perfil no Twitter para @dilmaboyoficial.

Fonte:http://www.jobajob.com.br/2010/07/17/dilmaboy%c2%b4-e-o-video-de-humor-mais-compartilhado-do-mundo/

Internet fica à frente de rádio e jornal como fonte de informação sobre o primeiro turno, segundo TSE

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) divulgou nesta segunda (29/11) o resultado de uma pesquisa que visava informar ao público quais as fontes de informações mais requisitadas pelos eleitores no primeiro turno das eleições. Tal resultado foi um pouco surpreendente, pois a internet apareceu na terceira posição dentre as fontes de informação sobre as eleições no primeiro turno, ficando atrás apenas da TV e das conversas com amigos e parentes. A internet conseguiu superar, nesta pesquisa, o rádio e o jornal, meios de comunicação mais tradicionais que a internet.
Segundo os números do TSE, a TV foi a escolha de 56,6% dos entrevistados como fonte de informação nas eleições, as conversas com amigos e familiares ficaram com 18,4%, a internet veio em seguida com 9,9%, superando o jornal impresso, que foi apontado por 6,4% dos entrevistados, e o rádio, que ficou com o percentual de 4,2%.
Em outra pesquisa, entretanto, realizada buscando as fontes de informação no segundo turno, a internet aparece como a escolha de apenas 1,7% dos entrevistados, aparecendo na sétima posição. Para esta pesquisa, os debates entre os candidatos aparecem em primeiro lugar, com 18,8% da escolha dos entrevistados e os programas dos candidatos na TV aparecem em segundo com 15,5%.
Esta pesquisa demonstra a importância que a internet teve nas eleições no primeiro turno. Algumas semanas depois de os marketeiros de Dilma e Marina afirmarem que a internet foi decisiva para levar as eleições para o segundo turno, o TSE divulga uma pesquisa que mostra a internet como terceira principal fonte de informação nas eleições, durante o primeiro turno. Em relação a esta pesquisa, é importante observar que a internet ficou à frente de meios muito tradicionais, como o rádio e o jornal impresso. As eleições de 2010 evidenciaram o crescimento da internet como uma nova mídia a ser explorada como meio de os candidatos conquistarem seus eleitores.
O portal IDG Now publicou uma matéria sobre este tema.

domingo, 28 de novembro de 2010

Presidente Lula encontra-se com blogueiros

Em entrevista a blogueiros,nesta semana. o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez ataques à 'mídia antiga' e, ao mesmo tempo, exaltou a liberdade de imprensa. 'Com todos os defeitos, eu sou o resultado da liberdade de imprensa deste País', afirmou. 'Eles pensam que o povo é massa de manobra como era no passado, eles se enganam. O povo está mais inteligente, mais sabido.'

O presidente pretende utilizar o espaço na rede mundial de computadores para debater questões que ainda afligem as políticas interna e externa brasileiras.

Durante mais de duas horas de entrevista, que envolveu 11 blogueiros (10 estavam presentes no Palácio, uma online pela webcam) e as pessoas que acompanhavam pelo twitter, Lula conversou sobre eleições, justiça, imprensa, banda larga e projetos de governo, entre outros. A entrevista, transmitida ao vivo pelo twitcam, teve um pico de mais de 7 mil acessos simultâneos, e o tema #Lulablogs foi o mais comentado do Twitter em escala mundial por boa parte do dia.

Dentre os blogueiros convidados estavam Renato Rovai, articulador do encontro, José Augusto Duarte, do Blog Os Amigos do Presidente Lula, Rodrigo Vianna, do Blog Escrevinhador, entre outros.

Abaixo, alguns dos pontos discutidos na reunião e que foram citados no Estadão online.

INFORMAÇÃO

'Vocês sabem que eu parei de ver revista, parei de ver jornal. A raiva deles é que eu não os leio. Então, pelo fato de não os ler, eu não fico nervoso. Mas podem ficar certos de que eu trabalho com muita informação, mas não preciso ler muitas coisas que eles escrevem.'

LIBERDADE DE IMPRENSA

'Com todos os defeitos, eu sou o resultado da liberdade de imprensa neste País. Quem tem que julgá-los não sou eu, não vou ficar xingando. O que eles se enganam é que eles pensam que o povo é massa de manobra, como era no passado, que eles podem derrotar um candidato, tirar candidato, pôr candidato, eles se enganam. O povo está mais inteligente, está mais sabido, e eles agora têm que lidar com uma coisa chamada internet que eles não sabiam como lidar.'

CONTROLE DA MÍDIA

'Acho que é diferente ser dono de banco e ser dono de um meio de comunicação. Nós precisamos ter claro: um trabalha com o bolso e o outro trabalha com a cabeça das pessoas. Então, eu acho que nós temos que ter um certo controle da participação de estrangeiros, sim. A gente não pode abrir mão do controle, essa é a minha tese.'

FUTURO MULTIMÍDIA

'Pode ficar certo que eu serei tuiteiro, que eu serei blogueiro, que eu serei... vou ser um monte de coisas que não fui até agora.'

terça-feira, 16 de novembro de 2010

“Sem internet não haveria segundo turno”


O título deste post é uma afirmação que pode, inicialmente, causar estranhamento. Seria a internet capaz de levar as eleições para o segundo turno? Pois esta frase é uma afirmação de Caio Tulio Costa, estrategista da campanha de Marina Silva nas redes sociais. Tal afirmação foi feita em uma matéria publicada pelo portal Comunique-se, que abordou este tema.

Nesta matéria, Caio Túlio Costa e Marcelo Branco, este último coordenador da campanha de Dilma Rousseff, afirmam que mobilização de Marina na web teve um papel fundamental para que as eleições chegassem ao segundo turno, já que a candidata do Partido Verde conseguiu arrancar alguns decisivos votos de petistas e tucanos. A atuação de Marina nas redes sociais foi um fator fundamental para atrair eleitores ao seu favor, tirando, desta forma, votos dos demais candidatos e, consequentemente, levando as eleições para o segundo turno.

Na matéria destacada, ambos os coordenadores falam sobre o quanto a internet foi importante para as eleições. O coordenador da campanha de Dilma Rousseff, Marcelo Branco, foi ainda mais enfático em relação ao papel da internet nas eleições: “A internet foi fundamental para o segundo turno, mas antes a grande mídia dizia que a internet não tinha servido de nada nas eleições”. Caio Túlio Costa reforça esta afirmação, explicando que a campanha de Marina na Web trabalhou muito com as redes sociais, conseguindo arrecadar R$ 171 mil, doadas por 2.899 pessoas, além de obter mais buscas no Google em relação ao candidato José Serra e à Presidente eleita Dilma Rousseff.

A internet pode realmente ter decidido a eleição, no que diz respeito ao segundo turno. Mas não podemos esquecer os fatos negativos da internet: veiculação de informações duvidosas dos candidatos pelas redes sociais, tendo como grande exemplo os e-mails de caráter religioso contra a candidata petista; e o outro fato que merece destaque é a baixa arrecadação financeira obtida pelos candidatos, quando estes esperavam que a internet favorecesse uma grande arrecadação para a campanha política. Por outro lado, tem-se que levar em consideração este fato trazido pelos profissionais do marketing da campanha de Dilma Rousseff e Marina Silva. A forte atuação da Candidata da Partido Verde na internet foi fundamental para atrair uma quantidade de eleitores surpreendente, já que o tempo para propaganda gratuita nos meios tradicionais de comunicação era pequeno em relação à candidata eleita do PT e ao candidato derrotado do PSDB. A internet foi, desta forma, um meio alternativo na campanha eleitoral de 2010, mas no marketing de Marina Silva a internet teve um papel mais importante em relação aos demais candidatos e conseguiu atrair um público surpreendente, principalmente os jovens. Dizer que a internet foi decisiva para as eleições talvez seja um pouco exagerado, mas não reconhecer sua importância seria absurdo. Os fatos estão aí, veremos nas próximas eleições se os erros serão aprimorados e a internet será melhor utilizada.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Twitter no segundo turno



O Jornal A Tarde publicou, na última segunda-feira (01 de novembro), uma matéria destacando a utilização massiva do Twitter pelos militantes de Dilma e Serra durante a votação e a apuração do segundo turno das eleições presidenciais. A matéria, intitulada “Militância digital na web”, deu ênfase à menor participação dos militantes no Twitter durante o segundo turno em relação ao primeiro, sendo isto conseqüência da grande abstenção no turno decisivo. No primeiro turno a maioria dos Trending Topics (TTs) referiam-se às eleições, enquanto no segundo turno, apenas as hashtags #13neles, #dilmaday e #euquero45 entraram no ranking. Durante a votação, os tópicos referentes à candidata petista ocuparam os primeiros lugares, enquanto o relacionado ao tucano Serra oscilou entre o terceiro e quarto lugar. Após a votação, quando grande parte das urnas haviam sido apuradas, o Twitter foi dominado pelos eleitores petistas, que comemoravam a vitória de Dilma e faziam piada com o nome do candidato José Serra.

A matéria publicada pelo Jornal A Tarde mostrou, não apenas a importância do Twitter nas eleições, mas principalmente o fato de a internet ter sido utilizada como meio alternativo de alcançar mais eleitores. Canais no Youtube, contas em redes sociais como Orkut, Facebook, Flickr, e o próprio Twitter foram armas utilizadas pelos candidatos para atingir a cada vez mais eleitores. Dentre estas redes sociais, o Twitter foi certamente aquela que teve maior destaque durante o período eleitoral, sendo muito explorada pelos candidatos e pelos militantes dos partidos, que movimentaram esta massiva rede social com assuntos relacionados às eleições. Durante o segundo turno o Twitter virou um palco de grandes duelos para que as hashtags relacionadas aos candidatos aparecessem nos Trending Topics.

O fato é que, apesar de não ter alcançado o resultado esperado durante as eleições, a internet apareceu como uma nova opção para o marketing político. Youtube, Facebook, Orkut e principalmente o Twitter foram bastante utilizadas pelos candidatos e mostraram a internet agora como um meio alternativo de propaganda política. Um meio que certamente poderá ser expandido nas próximas eleições.

domingo, 31 de outubro de 2010

Crackers invadem sites oficiais de presidenciáveis

Há um tempo venho querendo escrever um post sobre os ataques feitos por crackers aos sites oficiais dos candidatos à presidência Dilma Rousseff e José Serra , mas como pouca coisa relacionada ao assunto tinha sido divulgada na internet até então, optei por esperar um pouco mais para poder conflitar as diversas informações.

Em primeiro lugar, é necessário falar que a minha espera não ajudou em muita coisa. A maioria das matérias publicadas na internet diziam a mesma coisa - aquele texto tipo release - e nada trazia de novo, de opinativo. Isso me fez lembrar da aula "Tecnologias aplicadas ao Jornalismo" ministrada por Fernando Firmino, professor da Universidade Estadual da Paraíba e pesquisador de Jornalismo Online, na disciplina COM104. Ele dizia que o papel do jornalismo deve ser questionado hoje em dia; o caráter informativo e factual não basta mais, pois a nova demanda da sociedade complexa em que vivemos é a circulação de matérias opinativas e interpretativas que possam contextualizar a notícia e dar ao leitor pistas para que ele perceba a relevância, a atualiadade e a confiabilidade daquela informação. Infelizmente, não são casos como esse que costumamos ver na rede...

Durante a apuração de votos, na noite do Domingo do segundo turno (31 de Outubro), o site oficial do candidato José Serra (PSDB) voltou a ser alvo de ataques virtuais.


Em vez das mensagens pró-Serra e anti-Dilma de praxe, o site Serra 45 apareceu com a foto de Mr. Burns, o velhinho impiedoso de "Os Simpsons", personagem ao qual o candidato era frequentemente associado.

O mais curioso, contudo, era fotomontagem com o presidente Lula e o governador reeleito do Rio, Sérgio Cabral.A imagem mostra o presidente Lula com uma arma apontada para a boca do governador e emitindo a seguinte frase "Abra a boca e diga Dilma". Apesar de ser aliado da chapa dilmista, Cabral aparecia como alguém que recebia "goela abaixo" a nova ocupante do Planalto e, por isso, a referência mostrada na fotomontagem.

Por volta das 20h, o site havia voltado ao normal, mas o acesso continuava instável.

Algo parecido já havia ocorrido com o site oficial do PT, em abril. Na página principal do site, colocaram uma foto de José Serra, na época pré-candidato do PSDB à presidência, com as frases "O Brasil pode mais" e "PSDB Hackers". A primeira frase foi também o slogan e o nome da coligação do partido durante a campanha presidencial. Além disso, os internautas que acessassem o site através de outros navegadores que não o Internet Explorer, eram direcionado à página do site tucano. Segundo o deputado André Vargas (PT-PR), secretário de comunicação do PT, mesmo não tendo sido o PSDB, é óbvio que foi um simpatizante da causa do partido e, segundo ele, essa postura foi estimulada "por um tom virulento de campanha".

Toda essa discussão me leva a pensar novamente no que foi dito aqui no post "Um segundo turno de segunda categoria" e também me faz lembrar das discussões feitas em sala acerca da improbabilidade de comunicação. Na disputa política, vemos e ouvimos discursos e promessas que revelam a complexidade do mundo altamente codificado no qual vivemos. E se pensamos que a criação de novos códigos nos levam necessariamente a uma melhor compreensão do que é a comunicação e de qual é o nosso lugar no mundo, é chegada a hora de ponderarmos essa posição cômoda e começarmos a pensar que comunicar é realmente improvável. Muitas vezes, e isso fica evidente na disputa política, não estamos dispostos a entrar na orquestra, a ouvir o outro e poder questionar aquilo que ele diz; estamos muito mais preocupados em simplesmente impor nossas opiniões aos outros.


sábado, 30 de outubro de 2010

Um segundo turno de segunda categoria

Durante o segundo turno das eleições presidenciais, muito se ouviu e se viu na internet sobre os candidatos José Serra e Dilma Rousseff. E no grosso de todo o material que foi veiculado durante este quase um mês de campanha, o que mais chamou a atenção de muitos dos internautas foi a quantidade de calúnias e difamações entre os dois candidatos através, principalmente, das correntes de e-mail. Essa correntes, que funcionam como spams, trouxeram muitas informações maniqueístas e falsas.
A maioria dos e-mails que recebi, por exemplo, eram pró-Serra e sempre ratificavam a idéia de que a candidata Dilma Rousseff é inexperiente e ditadora (fazendo, inclusive, uma comparação imagética esdrúxula com o presidente cubano, Fidel Castro).


E, como em toda boa corrente (supondo que essa expressão não chega a formar um oxímoro), sempre vinha a bula com as indicações de leitura iniciais: "Se você é patriota mesmo, leia o e-mail até o fim".

Considero ser lamentável que em pleno debate político estejamos vendo factóides tomarem tempo e conta das questões sérias e estruturais que o país enfrenta. Por isso e porque achei duas entrevistas com os coordenadores das campanhas de ambos os candidatos na web - Marcelo Branco, assessor de Dilma, e Soninha Francine, assessora de Serra - a BBC Brasil, nas quais eles falavam justamente sobre baixarias e contracampanha na internet, que fiz esse pequeno comentário e que sugiro a vocês que leiam as duas entrevistas na íntegra: aqui e aqui.

domingo, 17 de outubro de 2010

As redes sociais não podem mudar uma eleição, ainda.

De acordo com o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o uso das redes sociais nas campanhas dos candidatos ainda não é capaz de alterar o resultado das eleições. Em entrevista concedida ao portal UOL (link), Couto afirma que, apesar do crescimento de usuários, o número de pessoas excluídas da internet, e também das redes sociais, ainda é muito grande. A outra parcela, de pessoas conectadas, não toma suas decisões com base apenas nas informações vindas das redes sociais, mas com base em um conjunto de debates, no qual estão incluídos, dentre outros, os virtuais.

Embora seja um fenômeno emergente, o alcance das redes sociais no Brasil ainda é limitado, ainda mais levando-se em conta ser a primeira eleição de grande porte (leia-se presidencial, além das demais) depois do boom dessas comunidades no país, e principalmente depois da popularização do Twitter, a rede mais “politizada” e dinâmica do cenário interneteiro.

Se essas redes não podem mudar – por enquanto – o resultado de uma eleição, podem pelo menos criar “ondas” que surpreendam o cenário político. Houve uma grande difusão de mensagens no Orkut e via email que associavam a candidata a presidência do PT, Dilma Roussef, à legalização do aborto. O impacto foi tamanho que há quem diga que foi esse o motivo da petista não levar a vitória já no 1º turno.

Mas o exemplo emblemático do poder das redes foi a “onda verde” de Marina Silva, candidata à presidência pelo Partido Verde (PV). Com uma ascensão meteórica na última semana antes do 1º turno, Marina Silva, que obteve quase 20% dos votos, recebeu forte apoio na internet, principalmente de jovens no Facebook e no Twitter. E é só o começo, pois essas redes crescerão. E esses jovens também.


Fontes:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=analise-redes-sociais-nao-sao-capazes-de-mudar-uma-eleicao-04029B3568DCC973C6&mediaId=6797457

http://noticias.bol.uol.com.br/folhaonline/poder/2010/10/05/na-reta-decisiva-internet-parece-ter-produzido-ruido-eleitoral.jhtm

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

#diadascrianças

É só aproximar-se o dia das crianças e todos os twitteiros já aguardam a mudança dos avatares dos amigos. São fotos antigas, amareladas, em preto e branco, ao lado de alguém que não mais se vê devido ao corte abrupto no paint, enfim várias são as possibilidades de mostrar-se pequenino numa das redes sociais mais usadas no Brasil. E não é que os presidenciáveis aderiram ao #diadascrianças feelings?

Ontem, José serra trocou seu avatar, mas não fez nenhum comentário acerca da mudança, nem sobre o dia das crianças. A candidata Dilma Rousseff, apesar de ter saído um pouco atrasada na "corrida", publicou um tweet no qual falava: "Mudei minha foto para entrar no clima do dia das crianças". A candidata também divulgou hoje uma ação no Twitter. A "Homenagem às crianças" é uma ação colaborativa, na qual cada internauta poderá enviar fotos de quando criança, ou fotos de crianças da família, preencher alguns campos de um pequeno formulário e escrever uma mensagem no site

Agora só nos resta esperar ansiosamente, como toda criança, que homenagem será essa...

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Marina no Orkut




A candidata Marina Silva obteve aproximadamente 20% dos votos nas eleições de 2010. O resultado é considerado muito bom pelos membros do Partido Verde. O candidato Fábio Feldmann, derrotado ao governo de São Paulo, afirmou que“os números são melhores do que o esperado pela campanha”. Este expressivo resultado tem grande influência do marketing digital, o que atraiu principalmente jovens a aderirem às idéias de Marina. E uma das ferramentas mais utilizadas pela campanha da candidata na internet foi o Orkut. O chamado “Movimento Marina Silva” viu no Orkut um de seus pontos mais fortes, afinal esta é uma das redes sociais mais utilizadas pelos brasileiros. O número de usuários já chega aos 52 milhões.

O “Aplicativo da Marina” foi uma maneira que a campanha da candidata encontrou para atrair seguidores para o movimento. Este aplicativo contém o slogan da campanha e uma frase: “Eu voto em Marina”. Com ele, o usuário pode compartilhar informações relativas à campanha da candidata e compartilhá-las com outros usuários, além de poder convidar novas pessoas a participar. Outra forma de conseguir seguidores no Orkut foi a utilização do “Este é mais um Orkut da Marina”. Neste aplicativo, o usuário adere à uma imagem padrão e utiliza esta mesma frase como nome em seu perfil. “Esta é mais uma casa de Marina” foi mais uma maneira buscada pelo marketing da candidata para atrair seguidores. Neste movimento, o indivíduo entra no site da candidata e inscreve seu imóvel, que logo é inserido em um mapa, que demonstra todos os adeptos da Casa de Marina. Casa inscrita, o seguidor pode começar a colar cartazes, colocar placas em sua casa, tudo com o slogan de Marina.


Se o Orkut foi decisivo para o resultado, não sabemos. Mas o fato é que esta rede social de utilização massiva foi muito acionada pela campanha da candidata e conseguiu atrair um bom número de seguidores em suas comunidades e de utilizadores dos aplicativos da Marina. Se, de fato, isto foi decisivo para o resultado, então estamos caminhando para uma nova era do marketing político na internet.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Plínio pede ajuda aos internautas

Com mais de 51 mil seguidores, o ex-candidato à presidência da república, Plínio de Arruda, utiliza o Twitter como uma das principais ferramentas para falar diretamente com pessoas filiadas ao partido PSOL e com o eleitorado brasileiro que tem acesso à internet. Durante o período em que ainda estava na candidatura, era através da rede que Plínio apresentava propostas, respondia perguntas, informava sua agenda, entre outros. E foi justamente no Twitter que Plínio anunciou, no dia 03 outubro, que aceitava sugestões dos internautas para decidir quem irá apoiar no segundo turno.

Em maio, muito antes das eleições,o ex-candidato afirmou em uma entrevista para a ParanáOnline que, naquele período, seria inadmissível apoiar Dilma Rouseff ou José Serra, o que tornaria nulo o voto do PSOL. "No segundo turno real, a gente vai ver. Por isso é importante termos vários candidatos, porque, no primeiro turno, você vota com sua consciência e, no segundo, faz a acomodação, do mal menor. Senão, nós votaríamos sempre no mal menor", completa. Todavia, Plínio decidiu compartilhar a responsabilidade de decisão do apoio com seus eleitores por "respeito", como ele mesmo afirmou ontem, via Twitter:



Apesar de ter anunciado que a decisão seria dada em dois dias, ou seja, hoje, Plínio ainda não manifestou o seu apoio à nenhum dos atuais candidatos. Apenas na manhã de ontem, foi informado que 17 eleitores sugeriram apoio à Dilma Roussef, 11 sugeriram apoio à José Serra e 26 pessoas sugeriram que o partido não apoiasse nenhum dos dois candidatos.

Confira mais alguns twittes relacionados ao tema:



Fontes:

domingo, 3 de outubro de 2010

Arrocha, samba e fantoches na propaganda política baiana

A popularização de propagandas eleitorais, na internet, através da exploração de produtos familiares ao público baiano

A televisão, considerada o maior meio de propaganda eleitoral, tem concorrido com uma adversária de peso: a internet. Ainda que não possua impacto semelhante, já que é menos centralizada e não atinge o mesmo número de pessoas, ela possibilitou a construção de novas estratégias de marketing político digital que, por sinal, obtiveram grande sucesso.

Os profissionais responsáveis pela campanha eleitoral dos candidatos que disputaram o governo baiano, por exemplo, se apropriaram de produtos que fazem sucesso no estado e as incorporaram às campanhas, principalmente na internet.

Os marqueteiros da candidatura de Jacques Wagner (PT), por exemplo, incorporaram o sucesso que o arrocha tem no estado e inseriram o ritmo em um clip eleitoral que cutuca os adversários. A propaganda do candidato petista, além de mostrar o clip, pedia que os telespectadores acessassem o youtube para acompanhá-lo na íntegra, buscando sua popularização.




Do mesmo modo, o candidato Geddel Vieira Lima (PMDB) aproveitou-se de um vídeo postado na internet que critica, através de um samba, os gastos com propaganda do governo e, apesar de não mostrá-lo em seu programa eleitoral, já que não foi produzido por sua campanha, pede que os telespectadores o assistam no youtube.



Os marqueteiros dos dois candidatos citados anteriormente incorporaram, ainda, a estrutura dos desenhos animados e as inseriram, também, nas propagandas eleitorais. O candidato Jacques Wagner usou a internet para divulgar uma animação em 3D em que aparece com Lula e Dilma para fortalecer a ideia de que são irmãos de fé e de que, juntos, são mais fortes.



Geddel Vieira Lima, do mesmo modo, usou a estrutura do teatro de fantoches aliada à uma animação musical para criticar os gastos do atual governo com propaganda. Os vídeos produzidos para sua campanha foram vistos no horário eleitoral gratuito, na TV, e popularizados na internet.



Em suma, apesar de a televisão ser, ainda, o instrumento eleitoral de maior impacto, já que é o mais centralizado e atinge o maior número de pessoas, a internet tem se mostrado muito mais aberta a novas estruturas de narração propagandista. A popularização dos vídeos na internet tem levado os marqueteiros a investirem em novas formas de abordagem, buscando a familiaridade do público com os candidatos.

Com a reeleição de Wagner, hoje (03-10), o arrocha petista mostrou-se muito mais familiar do que o samba peemedebista.





sábado, 2 de outubro de 2010

Um balanço da primeira campanha eleitoral on line para presidenciáveis no Brasil


Muitos dos políticos que utilizaram a internet para fazer suas campanhas eleitorais, e mais especificamente, as redes sociais, não souberam encontrar a medida exata para sobreviver on line. Para alguns especialistas, ainda é cedo para afirmar se o marketing político digital e os contornos que ele adquiriu no Brasil foram realmente efetivos para emplacar candidaturas. É cedo, sobretudo, pelo fato de uma campanha não ser construída em cima apenas de um meio, mas ser caracterizada pela convergência midiática (daí o aspecto central assumido pelas mídias tradicionais massivas). Por isso, a pesquisa de intenções de votos não basta para confirmar se determinado político conseguiu emplacar ou não. O Jornal A Tarde, no especial “Eleições 2010” fez um levantamento que relacionava a popularidade dos presidenciáveis nas redes sociais on line ao número de intenções de votos obtidos nas pesquisas (veja infográfico nesta matéria). Os dados, muitas vezes contraditórios, apontam para uma disparidade entre popularidade na rede e número de intenções de voto: a candidata Dilma Rousseff, por exemplo, é uma das que tem menos seguidores no Twitter e no Orkut, mas mesmo assim lidera o número de intenções de votos desde a largada para a campanha eleitoral.

Fato é que a campanha on line diminuiu a distância entre os candidatos e a sociedade de uma maneira nunca antes vista. Entretanto, há quem questione o avanço no quesito conteúdo, afinal o que se viu foi a transposição de conteúdos veiculados na mídia massaiva para as plataformas digitais. A convergência midiática, no entanto, vai de encontro a esta fórmula fácil e visa à produção de conteúdos distintos para as diferentes mídias, afinal o público e suas respectivas demandas variam de meio para meio. Como McLuhan já dizia, “o meio é a mensagem”. Neste blog, já demos um exemplo (veja aqui) como uma ferramenta como o YouTube pode ser usada em seus fins específicos, e não como simples repositório de comerciais feitos para a TV.
 
Com informações do A Tarde On Line

domingo, 26 de setembro de 2010

Dicas para conquistar eleitores na internet

Apesar de a internet não ser o principal veículo de comunicação das propagandas políticas dos candidatos, ela é, sem dúvidas, um grande diferencial para aqueles que pretendem atingir uma boa porcentagem de eleitores nessas eleições, já que o Brasil é o quinto mercado de internet no mundo. Isso quer dizer que aproximadamente 65 milhões de pessoas têm acesso à internet e que 23 milhões delas são eleitores. Em termos de eleição, esses números correspondem a nada mais nada menos que 18% do eleitorado brasileiro. 

Diante desses dados, é claro que os candidatos não iam deixar de investir nesse meio. Além de ser muito mais barato do que alguns minutos na televisão ou milhares de banners e "santinhos" impressos e espalhados pela cidade, o acesso e repercussão na internet pode ser ainda maior e mais positivo. Porém, fazer propaganda política nesse meio não é tão simples assim. Não é qualquer qualquer site que vai ser o mais acessado, nem qualquer vídeo que vai ser o mais assistido pelos internautas e muito menos qualquer Twitter que vai ter um grande número de seguidores. Justamente por isso que existem grandes empresas que são contratadas para realizarem esse tipo de trabalho. Além disso, na própria internet é possível achar algumas "dicas" que podem ajudar o candidato a conquistar um "público fiel" de eleitores interessados em acompanhar a campanha política do candidato através da internet. 

No site de Rafael Galdino, especialista em Internet e Marketing, ele apresenta 9 dicas para os canditados nas eleições de 2010. São elas:

1) Interaja Com os Eleitores: O eleitor que está conectado precisa de informação, diversão e relacionamento. O candidato que tiver seu perfil nas redes sociais deve usar esse canal para passar informação e responder aos eleitores. O relacionamento é grande dica de ouro da campanha on-line. Os nativos digitais querem conhecer as pessoas com quem falam.

2) Nunca, Jamais, Engane o Internauta: Se o candidato disser na internet que fez uma obra as pessoas vão atrás de saber se aquilo foi verdade. Mais cedo ou mais tarde, alguém irá descobrir que o candidato mentiu e sua campanha será mal vista.

3) Participe da Campanha On-Line: O candidato tem quem entender o que está acontecendo na internet. Não basta ter apenas uma equipe, é preciso participar de verdade. Na campanha do Obama as pessoas tinham a nítida impressão que o Obama estava com seu celular tuitando com eles. E muitas vezes estava. Recentemente o @oclaudiotorres criou uma maratona em seu twitter pra saber qual o candidato a presidência se comunicava mais rápido pelo twitter. Veja o resultado aqui.

4) Dica de Ouro: Mobilizar Pessoas: A campanha de Obama mobilizou as pessoas em torno de uma causa e, então, fortaleceu uma rede de apoiadores. Obama ressaltou o poder do voluntariado e mostrou como mover as pessoas em torno de algo em que elas acreditam. Mobilize acessores para que eles gerem conteúdo espontâneo na internet assim como posts, comentários, vídeos, discussões e twitts. Obama não buscou convencer eleitores, ele criou fãs voluntários. Um exército de ativistas felizes em promover mudança.

5) Pesquise: Antes de qualquer coisa é importante a pesquisa. Principalmente para saber o que já está acontecendo. Entenda o seu eleitorado. Onde ele está, quem ele é, do que ele gosta, o que ele quer e precisa são informações importante.

6) Monitoramento: O candidato precisa monitorar a rede para saber o que estão falando dele e buscar dá uma resposta mais rápida para o público. É mais fácil uma notícia negativa se propagar do que uma positiva.

7) Evite Conflitos: Seja claro e objetivo nas suas opniões. Sempre que possível responda os internautas. Não brigue com ningém nas redes sociais, sua imagem pode ser destruída em uma fração de segundos.

8) Publique Conteúdo: O marketing de conteúdo é o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o eleitor encontre, goste e se relacione com a campanha. Públique conteúdo em seu blog e nas redes sociais.

9) Mídias Sociais: Hoje as mídias sociais têm um enorme poder formador de opnião e podem ajudar o candidato a construir sua marca pessoal. Use e abuse de vídeos e áudio, faça post em blogs com conteúdo exclusivo e de qualidade, envie SMS, faça email marketing.

Fonte:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sítio Ficha Limpa

O marketing político na internet vem crescendo a galope nas últimas eleições, ainda que sejam estratégias incipientes e ainda estejamos nas vésperas da primeira eleição (2010) em que seu uso para este fim é regulamentado. Os candidatos, em sua imensa maioria, mantém no mínimo um blog onde apresentam suas propostas para o mandato, divulgam a agenda da campanha e expõem suas idéias. Paralelo a esse movimento político de uso da rede, cresce também o número de ONGs que fazem campanhas de mobilização e conscientização política através de sites e listas de email. Um grande exemplo de mobilização na rede foi o recolhimento de 1,3 milhão de assinaturas por todo o país para enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei Ficha Limpa, por iniciativa porpular. Apesar de noticiado pela mídia convencional (rádio, Tv, jornal), o projeto de lei foi alavancado e difundido através da internet, e sua mobilização foi tão intensa que foi aprovado por unanimidade dos votos nas duas casas do Congresso, sendo rapidamente sancionado e tendo entrado em vigor já nestas eleições.
 
Já está na rede um site com o mesmo nome da lei, Sítio Ficha Limpa, que foi criado por duas entidades, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (ABRACCI) e a Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), com o intuito de cadastrar candidatos "limpos", que não tenham renunciado para evitar cassação ou aqueles que nunca tiveram seus mandatos cassados. O site também requer um termo de compromisso assinado pelo candidato que "disponibiliza endereço eletrônico para acesso público com prestação de contas disponibilizada semanalmente a partir da data de cadastro do candidato, informando sobre os doadores, valores recebidos e gastos realizados". Até agora só 69 candidatos no país inteiro estão cadastrados, e a maioria deles utiliza a titulação "ficha limpa" dada pelo sítio em seus blogs, sites e newsletters como forma de promoção da campanha. E esse não é o único site com o objetivo de expor a vida pregressa do candidato, há outros e a tendência é a expansão desse tipo de campanha. Ou seja, o marketing político vai penetrando os meios digitais não só por serem um espaço inovador, barato e abrangente, mas porque é justamente na internet onde está a tendência para as grandes campanhas e mobilizações, e os marketeiros não deixarão de utilizá-lo, afinal, vivemos em democracia.

domingo, 19 de setembro de 2010

Pesquisas eleitorais como propaganda partidária




A divulgação de pesquisas eleitorais,na TV e na internet, de acordo com as conveniências dos partidos

Os partidos políticos usam de formas diferenciadas as pesquisas eleitorais. Os que as lideram as usam para consolidar a confiança do eleitorado em suas propostas. Os que aparecem em desvantagem dizem que não se pode confiar nas pesquisas, interrogam a credibilidade das instituições que as conduzem e, sobretudo, evitam mostrá-las em seus programas eleitorais. Com a inserção dos partidos políticos nos sites de relacionamento da internet, os números das pesquisas são ainda mais comentados, especulados e interrogados. No twitter, por exemplo, os políticos que participam das eleições propagam positivamente ou negativamente as pesquisas, a depender do interesse, e criam estratégias de conduta a partir dos resultados divulgados em toda imprensa.


Na última pesquisa divulgada pelo Ibope (17/09), encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, Dilma estagnou em relação a última pesquisa, apresentando os mesmos 51%, Serra caiu dois pontos, passou de 27 para 25%%, e Marina cresceu três pontos, passou de 8 para 11% nas intenções de voto. A pesquisa que foi divulgada no Jornal Nacional foi comentada, no dia seguinte, por Marina no
Twitter. O seu blog, que é referenciado no twett, traz uma matéria entusiástica sobre o seu crescimento e mostra como as pesquisas são usadas de acordo com o interesse do competidor. A candidata que crer em sua chegada ao segundo turno, ao mesmo tempo em que não acredita nas pesquisas, já que elas indicam que há uma larga desvantagem em relação aos dois primeiros colocados, se vale delas ao mostrar que há um crescimento.


Do mesmo modo, Dilma Roussef, apesar de em discurso considerar as pesquisas passíveis de erros (como mostra o vídeo abaixo), as usa recorrentemente, em sua propaganda na TV e em sites de relacionamento na internet, na tentativa de confirmar sua vitória em primeiro turno.




Serra tem evitado falar de pesquisas, já que tem declinado nas últimas, mas quando questionado indaga a efetividade delas. Em matéria publicada no G1, sobre o assunto, ele disse: “Olha, eu não faço comentário de pesquisa, porque senão em entrevista a gente fica falando de bastidor, de ‘tititi’ e de pesquisa. Não é o que as pessoas querem ouvir. As pessoas querem saber é o que nós vamos fazer. Como é que nós vemos a situação no Brasil e quais são as nossas propostas para desenvolver o país”.

Nos sites de relacionamento, os números das pesquisas são comentados, divulgados e rebatidos. Para sanar algumas dúvidas do público, quanto a origem e o funcionamento das pesquisas, o site de notícias da Globo, G1, publicou uma série de vídeos com a participação de diretores do Ibope e Data Folha. Eles respondem sete questões que estão presentes na discussão sobre a credibilidade e validade das pesquisas eleitorais. São elas:

1. Quais são os tipos de pesquisas?
2. Como elas são feitas?
3. O que é a margem de erro?
4. Como devo interpretar os resultados?
5. Quantas pessoas são entrevistadas?
6. Por que não conheço ninguém que participou?
7. Qual a influência das pesquisas?

Veja a última pesquisa eleitoral, para presidente, divulgada pelo Ibope:


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Um mundo" por Marina Silva

O jogo interativo de Marina Silva denominado “Um Mundo” é uma das estratégias de marketing mais específicas da campanha da candidata. Lançado em Agosto, o jogo é comparado ao FarmVille, do Facebook, e permite que o usuário, ao clicar em “quero um mundo”, construa seu mundo baseado nas propostas da candidata (ou bandeiras, segundo o jogo), tais como: desenvolvimento sustentável, educação, saúde, empregos, meio ambiente, cultura e arte.


O objetivo do game é a criação de um mundo melhor baseado nestas bandeiras, e quanto mais seu “mundo” é acessado, mais ele cresce e se desenvolve. Cada pessoa que acessa oss mundos criados pelos outros usuários pode ganhar um presente virtual surpresa. O objetivo central desta estratégia é divulgar de forma viral as principais ideias de Marina Silva. A candidata acredita que esta “é uma forma bem interativa de a gente, na prática, mostrar que um outro mundo é possível”.

Compartilhar bandeiras e visitar os mundos construídos pelos demais jogadores, além de receber visitas, é portanto a tônica do jogo. E toda essa dinâmica pode ser compartilhada nas redes sociais.

No site oficial de Marina Silva, a criadora do jogo, Anna Valenzuela, diz que este “não é um game apenas para simpatizantes de Marina, mas para todos que querem um mundo melhor. Desenvolvemos um jogo fácil de ser utilizado por qualquer internauta, sem necessidade de instalação de softwares especiais e totalmente integrado com as redes sociais existentes, onde o principal objetivo é compartilhar, divulgar e distribuir suas bandeiras favoritas para o maior número possível de pessoas”.

Muitos usuários sinalizaram falhas no sistema do jogo visando à melhoria do mesmo. Várias sugestões e comentários foram feitos a fim de incentivar a continuidade do game. A versão ainda está em beta, o que significa que não está 100% completo e que ainda pode sofrer alterações.

Veja no vídeo abaixo como funciona o jogo:

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Debate eleitoral na internet



O sucesso dos debates transmitidos pela internet mostra a importância de investimento dos políticos em marca virtual



O presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou, em setembro do ano passado, a reforma de lei eleitoral aprovada pelo congresso. A partir dela, os portais de internet e jornais impressos foram liberados para realizar debates com pré-candidatos em qualquer época sem que isso fosse caracterizado como propaganda antecipada. Além disso, ficou decidido que os portais de internet e jornais impressos estavam autorizados, a partir daquele momento, a transmitir os debates eleitorais pela internet, ao vivo, em áudio e vídeo.
A aprovação dessa lei representa o reconhecimento da magnitude desta rede, contudo, embora reconheçamos o potencial da internet nas eleições, talvez não imaginássemos que repercussão do primeiro debate, realizado exclusivamente para a internet pelo Grupo Folha de São Paulo, fosse tão expressivo. De acordo com notícia veiculada no site UOL, o debate foi acessado mais de 1,4 milhão de vezes e superou a transmissão pela televisão. A matéria ressaltou que na internet é possível contabilizar, com precisão, quantas pessoas estão conectadas. Não é o caso da TV, que pode estar ligada, mas com o sofá vazio ou com um telespectador dorminhoco a sua frente.
Além do primeiro debate promovido pelo Grupo Folha, os debates produzidos pela Rede TV e pela TV Gazeta, que também foram transmitidos via web, tiveram maior repercussão online do que na TV aberta. O uso do twitter teve forte influência nessa transmissão, pois tornou esse assunto, nesta rede, o mais comentado do mundo, segundo matéria do site UOL.  
“No mercado, isso muda muita coisa. Mesmo as empresas mais resistentes terão que perceber que o investimento na sua marca virtual é necessário. Não é mais uma questão de parecer “moderna”, mas de entender que as pessoas estão online”, conclui a matéria. De fato, os partidos políticos e seus candidatos afiliados reconhecem essa realidade e investem cada vez mais em marketing político digital, como vocês podem ver ao acompanhar o nosso blog.  
Após o debate, o governo está falando em investir mais em banda larga. O Brasil ainda tem muito a investir neste tipo de tecnologia, contudo, o telespectador brasileiro, levando-se em conta o uso da internet para decidir o voto, mostra-se bem maduro e pronto para usufruir dos benefícios advindos deste investimento.
 
Confira esse vídeo:

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um candidato “twittador”

 As eleições de 2010 para presidente estão marcando uma maior utilização da internet nas campanhas políticas dos candidatos. Isto pode ser atribuído ao sucesso da campanha na web obtido pelo presidente dos EUA Barack Obama durante o processo eleitoral do qual saiu vencedor. O que vemos aqui no Brasil ainda não pode ser comparado ao fenômeno ocorrido nos EUA, mas os candidatos estão buscando mais opções para conseguirem eleitores e a internet mostra-se como uma alternativa interessante. Os principais candidatos ao cargo de Presidente da República (José Serra, Dilma Rousseff, Marina Silva, Plínio de Arruda e José Maria Eymael) aderiram a esta nova maneira de fazer marketing político. Twitter, Facebook, Orkut, Flickr e Youtube são as principais redes sociais utilizadas por estes candidatos. Mas um deles está mais envolvido com estas redes sociais, principalmente o Twitter e o youtube. Trata-se de Plínio de Arruda, que vê na internet uma alternativa de combate aos meios tradicionais de propaganda.
 

Plínio de Arruda Sampaio, 80 anos de idade, faz questão de dedicar um dia durante a semana para interagir com seus seguidores no Twitter. Sua conta nesta rede social possui pouco mais de 30 mil seguidores e todas as terças-feiras, das 10 às 13h, o candidato responde às questões e recebe sugestões de seu público twittando. Plínio diz que conheceu o Twitter por meio de seu neto e hoje se considera um “twittador”. No Youtube, o candidato à presidência pelo PSOL criou um canal denominado Projeto Socialista. Nesta rede social, Plínio publica vídeos que, devido ao tempo da propaganda eleitoral, não são publicados na TV, além de entrevistas, discursos, entre outros. Após esta maior utilização da internet em sua campanha, Plínio afirmou: “já recebi uma porção de idéias que eu não tinha pensado, mas que vejo como assuntos importantes para acrescentar no meu programa de governo”. Isto devido à maior interação entre candidato e eleitores, proporcionada pelas redes sociais.