domingo, 17 de outubro de 2010

As redes sociais não podem mudar uma eleição, ainda.

De acordo com o cientista político Cláudio Couto, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o uso das redes sociais nas campanhas dos candidatos ainda não é capaz de alterar o resultado das eleições. Em entrevista concedida ao portal UOL (link), Couto afirma que, apesar do crescimento de usuários, o número de pessoas excluídas da internet, e também das redes sociais, ainda é muito grande. A outra parcela, de pessoas conectadas, não toma suas decisões com base apenas nas informações vindas das redes sociais, mas com base em um conjunto de debates, no qual estão incluídos, dentre outros, os virtuais.

Embora seja um fenômeno emergente, o alcance das redes sociais no Brasil ainda é limitado, ainda mais levando-se em conta ser a primeira eleição de grande porte (leia-se presidencial, além das demais) depois do boom dessas comunidades no país, e principalmente depois da popularização do Twitter, a rede mais “politizada” e dinâmica do cenário interneteiro.

Se essas redes não podem mudar – por enquanto – o resultado de uma eleição, podem pelo menos criar “ondas” que surpreendam o cenário político. Houve uma grande difusão de mensagens no Orkut e via email que associavam a candidata a presidência do PT, Dilma Roussef, à legalização do aborto. O impacto foi tamanho que há quem diga que foi esse o motivo da petista não levar a vitória já no 1º turno.

Mas o exemplo emblemático do poder das redes foi a “onda verde” de Marina Silva, candidata à presidência pelo Partido Verde (PV). Com uma ascensão meteórica na última semana antes do 1º turno, Marina Silva, que obteve quase 20% dos votos, recebeu forte apoio na internet, principalmente de jovens no Facebook e no Twitter. E é só o começo, pois essas redes crescerão. E esses jovens também.


Fontes:

http://noticias.uol.com.br/ultnot/multi/?hashId=analise-redes-sociais-nao-sao-capazes-de-mudar-uma-eleicao-04029B3568DCC973C6&mediaId=6797457

http://noticias.bol.uol.com.br/folhaonline/poder/2010/10/05/na-reta-decisiva-internet-parece-ter-produzido-ruido-eleitoral.jhtm

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