domingo, 26 de setembro de 2010

Dicas para conquistar eleitores na internet

Apesar de a internet não ser o principal veículo de comunicação das propagandas políticas dos candidatos, ela é, sem dúvidas, um grande diferencial para aqueles que pretendem atingir uma boa porcentagem de eleitores nessas eleições, já que o Brasil é o quinto mercado de internet no mundo. Isso quer dizer que aproximadamente 65 milhões de pessoas têm acesso à internet e que 23 milhões delas são eleitores. Em termos de eleição, esses números correspondem a nada mais nada menos que 18% do eleitorado brasileiro. 

Diante desses dados, é claro que os candidatos não iam deixar de investir nesse meio. Além de ser muito mais barato do que alguns minutos na televisão ou milhares de banners e "santinhos" impressos e espalhados pela cidade, o acesso e repercussão na internet pode ser ainda maior e mais positivo. Porém, fazer propaganda política nesse meio não é tão simples assim. Não é qualquer qualquer site que vai ser o mais acessado, nem qualquer vídeo que vai ser o mais assistido pelos internautas e muito menos qualquer Twitter que vai ter um grande número de seguidores. Justamente por isso que existem grandes empresas que são contratadas para realizarem esse tipo de trabalho. Além disso, na própria internet é possível achar algumas "dicas" que podem ajudar o candidato a conquistar um "público fiel" de eleitores interessados em acompanhar a campanha política do candidato através da internet. 

No site de Rafael Galdino, especialista em Internet e Marketing, ele apresenta 9 dicas para os canditados nas eleições de 2010. São elas:

1) Interaja Com os Eleitores: O eleitor que está conectado precisa de informação, diversão e relacionamento. O candidato que tiver seu perfil nas redes sociais deve usar esse canal para passar informação e responder aos eleitores. O relacionamento é grande dica de ouro da campanha on-line. Os nativos digitais querem conhecer as pessoas com quem falam.

2) Nunca, Jamais, Engane o Internauta: Se o candidato disser na internet que fez uma obra as pessoas vão atrás de saber se aquilo foi verdade. Mais cedo ou mais tarde, alguém irá descobrir que o candidato mentiu e sua campanha será mal vista.

3) Participe da Campanha On-Line: O candidato tem quem entender o que está acontecendo na internet. Não basta ter apenas uma equipe, é preciso participar de verdade. Na campanha do Obama as pessoas tinham a nítida impressão que o Obama estava com seu celular tuitando com eles. E muitas vezes estava. Recentemente o @oclaudiotorres criou uma maratona em seu twitter pra saber qual o candidato a presidência se comunicava mais rápido pelo twitter. Veja o resultado aqui.

4) Dica de Ouro: Mobilizar Pessoas: A campanha de Obama mobilizou as pessoas em torno de uma causa e, então, fortaleceu uma rede de apoiadores. Obama ressaltou o poder do voluntariado e mostrou como mover as pessoas em torno de algo em que elas acreditam. Mobilize acessores para que eles gerem conteúdo espontâneo na internet assim como posts, comentários, vídeos, discussões e twitts. Obama não buscou convencer eleitores, ele criou fãs voluntários. Um exército de ativistas felizes em promover mudança.

5) Pesquise: Antes de qualquer coisa é importante a pesquisa. Principalmente para saber o que já está acontecendo. Entenda o seu eleitorado. Onde ele está, quem ele é, do que ele gosta, o que ele quer e precisa são informações importante.

6) Monitoramento: O candidato precisa monitorar a rede para saber o que estão falando dele e buscar dá uma resposta mais rápida para o público. É mais fácil uma notícia negativa se propagar do que uma positiva.

7) Evite Conflitos: Seja claro e objetivo nas suas opniões. Sempre que possível responda os internautas. Não brigue com ningém nas redes sociais, sua imagem pode ser destruída em uma fração de segundos.

8) Publique Conteúdo: O marketing de conteúdo é o uso do conteúdo em volume e qualidade suficientes para permitir que o eleitor encontre, goste e se relacione com a campanha. Públique conteúdo em seu blog e nas redes sociais.

9) Mídias Sociais: Hoje as mídias sociais têm um enorme poder formador de opnião e podem ajudar o candidato a construir sua marca pessoal. Use e abuse de vídeos e áudio, faça post em blogs com conteúdo exclusivo e de qualidade, envie SMS, faça email marketing.

Fonte:

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sítio Ficha Limpa

O marketing político na internet vem crescendo a galope nas últimas eleições, ainda que sejam estratégias incipientes e ainda estejamos nas vésperas da primeira eleição (2010) em que seu uso para este fim é regulamentado. Os candidatos, em sua imensa maioria, mantém no mínimo um blog onde apresentam suas propostas para o mandato, divulgam a agenda da campanha e expõem suas idéias. Paralelo a esse movimento político de uso da rede, cresce também o número de ONGs que fazem campanhas de mobilização e conscientização política através de sites e listas de email. Um grande exemplo de mobilização na rede foi o recolhimento de 1,3 milhão de assinaturas por todo o país para enviar ao Congresso Nacional o projeto de lei Ficha Limpa, por iniciativa porpular. Apesar de noticiado pela mídia convencional (rádio, Tv, jornal), o projeto de lei foi alavancado e difundido através da internet, e sua mobilização foi tão intensa que foi aprovado por unanimidade dos votos nas duas casas do Congresso, sendo rapidamente sancionado e tendo entrado em vigor já nestas eleições.
 
Já está na rede um site com o mesmo nome da lei, Sítio Ficha Limpa, que foi criado por duas entidades, a Articulação Brasileira contra a Corrupção e a Impunidade (ABRACCI) e a Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), com o intuito de cadastrar candidatos "limpos", que não tenham renunciado para evitar cassação ou aqueles que nunca tiveram seus mandatos cassados. O site também requer um termo de compromisso assinado pelo candidato que "disponibiliza endereço eletrônico para acesso público com prestação de contas disponibilizada semanalmente a partir da data de cadastro do candidato, informando sobre os doadores, valores recebidos e gastos realizados". Até agora só 69 candidatos no país inteiro estão cadastrados, e a maioria deles utiliza a titulação "ficha limpa" dada pelo sítio em seus blogs, sites e newsletters como forma de promoção da campanha. E esse não é o único site com o objetivo de expor a vida pregressa do candidato, há outros e a tendência é a expansão desse tipo de campanha. Ou seja, o marketing político vai penetrando os meios digitais não só por serem um espaço inovador, barato e abrangente, mas porque é justamente na internet onde está a tendência para as grandes campanhas e mobilizações, e os marketeiros não deixarão de utilizá-lo, afinal, vivemos em democracia.

domingo, 19 de setembro de 2010

Pesquisas eleitorais como propaganda partidária




A divulgação de pesquisas eleitorais,na TV e na internet, de acordo com as conveniências dos partidos

Os partidos políticos usam de formas diferenciadas as pesquisas eleitorais. Os que as lideram as usam para consolidar a confiança do eleitorado em suas propostas. Os que aparecem em desvantagem dizem que não se pode confiar nas pesquisas, interrogam a credibilidade das instituições que as conduzem e, sobretudo, evitam mostrá-las em seus programas eleitorais. Com a inserção dos partidos políticos nos sites de relacionamento da internet, os números das pesquisas são ainda mais comentados, especulados e interrogados. No twitter, por exemplo, os políticos que participam das eleições propagam positivamente ou negativamente as pesquisas, a depender do interesse, e criam estratégias de conduta a partir dos resultados divulgados em toda imprensa.


Na última pesquisa divulgada pelo Ibope (17/09), encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, Dilma estagnou em relação a última pesquisa, apresentando os mesmos 51%, Serra caiu dois pontos, passou de 27 para 25%%, e Marina cresceu três pontos, passou de 8 para 11% nas intenções de voto. A pesquisa que foi divulgada no Jornal Nacional foi comentada, no dia seguinte, por Marina no
Twitter. O seu blog, que é referenciado no twett, traz uma matéria entusiástica sobre o seu crescimento e mostra como as pesquisas são usadas de acordo com o interesse do competidor. A candidata que crer em sua chegada ao segundo turno, ao mesmo tempo em que não acredita nas pesquisas, já que elas indicam que há uma larga desvantagem em relação aos dois primeiros colocados, se vale delas ao mostrar que há um crescimento.


Do mesmo modo, Dilma Roussef, apesar de em discurso considerar as pesquisas passíveis de erros (como mostra o vídeo abaixo), as usa recorrentemente, em sua propaganda na TV e em sites de relacionamento na internet, na tentativa de confirmar sua vitória em primeiro turno.




Serra tem evitado falar de pesquisas, já que tem declinado nas últimas, mas quando questionado indaga a efetividade delas. Em matéria publicada no G1, sobre o assunto, ele disse: “Olha, eu não faço comentário de pesquisa, porque senão em entrevista a gente fica falando de bastidor, de ‘tititi’ e de pesquisa. Não é o que as pessoas querem ouvir. As pessoas querem saber é o que nós vamos fazer. Como é que nós vemos a situação no Brasil e quais são as nossas propostas para desenvolver o país”.

Nos sites de relacionamento, os números das pesquisas são comentados, divulgados e rebatidos. Para sanar algumas dúvidas do público, quanto a origem e o funcionamento das pesquisas, o site de notícias da Globo, G1, publicou uma série de vídeos com a participação de diretores do Ibope e Data Folha. Eles respondem sete questões que estão presentes na discussão sobre a credibilidade e validade das pesquisas eleitorais. São elas:

1. Quais são os tipos de pesquisas?
2. Como elas são feitas?
3. O que é a margem de erro?
4. Como devo interpretar os resultados?
5. Quantas pessoas são entrevistadas?
6. Por que não conheço ninguém que participou?
7. Qual a influência das pesquisas?

Veja a última pesquisa eleitoral, para presidente, divulgada pelo Ibope:


quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Um mundo" por Marina Silva

O jogo interativo de Marina Silva denominado “Um Mundo” é uma das estratégias de marketing mais específicas da campanha da candidata. Lançado em Agosto, o jogo é comparado ao FarmVille, do Facebook, e permite que o usuário, ao clicar em “quero um mundo”, construa seu mundo baseado nas propostas da candidata (ou bandeiras, segundo o jogo), tais como: desenvolvimento sustentável, educação, saúde, empregos, meio ambiente, cultura e arte.


O objetivo do game é a criação de um mundo melhor baseado nestas bandeiras, e quanto mais seu “mundo” é acessado, mais ele cresce e se desenvolve. Cada pessoa que acessa oss mundos criados pelos outros usuários pode ganhar um presente virtual surpresa. O objetivo central desta estratégia é divulgar de forma viral as principais ideias de Marina Silva. A candidata acredita que esta “é uma forma bem interativa de a gente, na prática, mostrar que um outro mundo é possível”.

Compartilhar bandeiras e visitar os mundos construídos pelos demais jogadores, além de receber visitas, é portanto a tônica do jogo. E toda essa dinâmica pode ser compartilhada nas redes sociais.

No site oficial de Marina Silva, a criadora do jogo, Anna Valenzuela, diz que este “não é um game apenas para simpatizantes de Marina, mas para todos que querem um mundo melhor. Desenvolvemos um jogo fácil de ser utilizado por qualquer internauta, sem necessidade de instalação de softwares especiais e totalmente integrado com as redes sociais existentes, onde o principal objetivo é compartilhar, divulgar e distribuir suas bandeiras favoritas para o maior número possível de pessoas”.

Muitos usuários sinalizaram falhas no sistema do jogo visando à melhoria do mesmo. Várias sugestões e comentários foram feitos a fim de incentivar a continuidade do game. A versão ainda está em beta, o que significa que não está 100% completo e que ainda pode sofrer alterações.

Veja no vídeo abaixo como funciona o jogo:

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Debate eleitoral na internet



O sucesso dos debates transmitidos pela internet mostra a importância de investimento dos políticos em marca virtual



O presidente Luís Inácio Lula da Silva sancionou, em setembro do ano passado, a reforma de lei eleitoral aprovada pelo congresso. A partir dela, os portais de internet e jornais impressos foram liberados para realizar debates com pré-candidatos em qualquer época sem que isso fosse caracterizado como propaganda antecipada. Além disso, ficou decidido que os portais de internet e jornais impressos estavam autorizados, a partir daquele momento, a transmitir os debates eleitorais pela internet, ao vivo, em áudio e vídeo.
A aprovação dessa lei representa o reconhecimento da magnitude desta rede, contudo, embora reconheçamos o potencial da internet nas eleições, talvez não imaginássemos que repercussão do primeiro debate, realizado exclusivamente para a internet pelo Grupo Folha de São Paulo, fosse tão expressivo. De acordo com notícia veiculada no site UOL, o debate foi acessado mais de 1,4 milhão de vezes e superou a transmissão pela televisão. A matéria ressaltou que na internet é possível contabilizar, com precisão, quantas pessoas estão conectadas. Não é o caso da TV, que pode estar ligada, mas com o sofá vazio ou com um telespectador dorminhoco a sua frente.
Além do primeiro debate promovido pelo Grupo Folha, os debates produzidos pela Rede TV e pela TV Gazeta, que também foram transmitidos via web, tiveram maior repercussão online do que na TV aberta. O uso do twitter teve forte influência nessa transmissão, pois tornou esse assunto, nesta rede, o mais comentado do mundo, segundo matéria do site UOL.  
“No mercado, isso muda muita coisa. Mesmo as empresas mais resistentes terão que perceber que o investimento na sua marca virtual é necessário. Não é mais uma questão de parecer “moderna”, mas de entender que as pessoas estão online”, conclui a matéria. De fato, os partidos políticos e seus candidatos afiliados reconhecem essa realidade e investem cada vez mais em marketing político digital, como vocês podem ver ao acompanhar o nosso blog.  
Após o debate, o governo está falando em investir mais em banda larga. O Brasil ainda tem muito a investir neste tipo de tecnologia, contudo, o telespectador brasileiro, levando-se em conta o uso da internet para decidir o voto, mostra-se bem maduro e pronto para usufruir dos benefícios advindos deste investimento.
 
Confira esse vídeo:

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Um candidato “twittador”

 As eleições de 2010 para presidente estão marcando uma maior utilização da internet nas campanhas políticas dos candidatos. Isto pode ser atribuído ao sucesso da campanha na web obtido pelo presidente dos EUA Barack Obama durante o processo eleitoral do qual saiu vencedor. O que vemos aqui no Brasil ainda não pode ser comparado ao fenômeno ocorrido nos EUA, mas os candidatos estão buscando mais opções para conseguirem eleitores e a internet mostra-se como uma alternativa interessante. Os principais candidatos ao cargo de Presidente da República (José Serra, Dilma Rousseff, Marina Silva, Plínio de Arruda e José Maria Eymael) aderiram a esta nova maneira de fazer marketing político. Twitter, Facebook, Orkut, Flickr e Youtube são as principais redes sociais utilizadas por estes candidatos. Mas um deles está mais envolvido com estas redes sociais, principalmente o Twitter e o youtube. Trata-se de Plínio de Arruda, que vê na internet uma alternativa de combate aos meios tradicionais de propaganda.
 

Plínio de Arruda Sampaio, 80 anos de idade, faz questão de dedicar um dia durante a semana para interagir com seus seguidores no Twitter. Sua conta nesta rede social possui pouco mais de 30 mil seguidores e todas as terças-feiras, das 10 às 13h, o candidato responde às questões e recebe sugestões de seu público twittando. Plínio diz que conheceu o Twitter por meio de seu neto e hoje se considera um “twittador”. No Youtube, o candidato à presidência pelo PSOL criou um canal denominado Projeto Socialista. Nesta rede social, Plínio publica vídeos que, devido ao tempo da propaganda eleitoral, não são publicados na TV, além de entrevistas, discursos, entre outros. Após esta maior utilização da internet em sua campanha, Plínio afirmou: “já recebi uma porção de idéias que eu não tinha pensado, mas que vejo como assuntos importantes para acrescentar no meu programa de governo”. Isto devido à maior interação entre candidato e eleitores, proporcionada pelas redes sociais.



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Veja nas eleições: voz do eleitor





Novo aplicativo da Veja no Facebook permite que os eleitores formem opinião acerca dos presidenciáveis 

A Veja criou um novo aplicativo no Facebook para que eleitores brasileiros - e também os demais usuários do Facebook - possam utilizar uma das maiores redes sociais do planeta para opinar sobre os principais desafios que o próximo presidente da República enfrentará a partir de 2011. O aplicativo VEJA nas Eleições: Voz do Eleitor apresenta 16 enquetes relacionadas aos temas mais importantes da atualidade e que dizem respeito aos presidenciáveis e aos eleitores, tais como: segurança pública, sistemas de saúde e educação, combate a drogas, meio ambiente, corrupção, carga tributária e emprego, entre outras.

Além das enquetes, é permitido que os usuários deixem comentários e compartilhem suas opiniões com os amigos. No entanto, todos os comentários são moderados pela redação de VEJA.com. Esse aspecto nos permite pensar até que ponto esse veículo midiático, que é caracterizado pela parcialidade de direita, está disposto a se desvencilhar das críticas e opiniões divergentes.

Outra ferramenta importante do aplicativo é a geolocalização que exibirá em tempo real a distribuição e os votos dos participantes pelo Brasil e pelo mundo. A vantagem disso é a possibilidade de revelar, através de infográficos, as diferentes demandas e opiniões acerca da democracia e dos temas relacionados a ela, nas diferentes regiões do país.

Outro serviço interessante são os links relacionados às enquetes que levam o usuário a todas as matérias especiais já publicadas no site e na própria revista.

"Veja nas Eleições: Voz do Eleitor" já tem 1.645 usuários e 343 deles curtiram o aplicativo.