domingo, 19 de setembro de 2010

Pesquisas eleitorais como propaganda partidária




A divulgação de pesquisas eleitorais,na TV e na internet, de acordo com as conveniências dos partidos

Os partidos políticos usam de formas diferenciadas as pesquisas eleitorais. Os que as lideram as usam para consolidar a confiança do eleitorado em suas propostas. Os que aparecem em desvantagem dizem que não se pode confiar nas pesquisas, interrogam a credibilidade das instituições que as conduzem e, sobretudo, evitam mostrá-las em seus programas eleitorais. Com a inserção dos partidos políticos nos sites de relacionamento da internet, os números das pesquisas são ainda mais comentados, especulados e interrogados. No twitter, por exemplo, os políticos que participam das eleições propagam positivamente ou negativamente as pesquisas, a depender do interesse, e criam estratégias de conduta a partir dos resultados divulgados em toda imprensa.


Na última pesquisa divulgada pelo Ibope (17/09), encomendada pela TV Globo e pelo jornal O Estado de S.Paulo, Dilma estagnou em relação a última pesquisa, apresentando os mesmos 51%, Serra caiu dois pontos, passou de 27 para 25%%, e Marina cresceu três pontos, passou de 8 para 11% nas intenções de voto. A pesquisa que foi divulgada no Jornal Nacional foi comentada, no dia seguinte, por Marina no
Twitter. O seu blog, que é referenciado no twett, traz uma matéria entusiástica sobre o seu crescimento e mostra como as pesquisas são usadas de acordo com o interesse do competidor. A candidata que crer em sua chegada ao segundo turno, ao mesmo tempo em que não acredita nas pesquisas, já que elas indicam que há uma larga desvantagem em relação aos dois primeiros colocados, se vale delas ao mostrar que há um crescimento.


Do mesmo modo, Dilma Roussef, apesar de em discurso considerar as pesquisas passíveis de erros (como mostra o vídeo abaixo), as usa recorrentemente, em sua propaganda na TV e em sites de relacionamento na internet, na tentativa de confirmar sua vitória em primeiro turno.




Serra tem evitado falar de pesquisas, já que tem declinado nas últimas, mas quando questionado indaga a efetividade delas. Em matéria publicada no G1, sobre o assunto, ele disse: “Olha, eu não faço comentário de pesquisa, porque senão em entrevista a gente fica falando de bastidor, de ‘tititi’ e de pesquisa. Não é o que as pessoas querem ouvir. As pessoas querem saber é o que nós vamos fazer. Como é que nós vemos a situação no Brasil e quais são as nossas propostas para desenvolver o país”.

Nos sites de relacionamento, os números das pesquisas são comentados, divulgados e rebatidos. Para sanar algumas dúvidas do público, quanto a origem e o funcionamento das pesquisas, o site de notícias da Globo, G1, publicou uma série de vídeos com a participação de diretores do Ibope e Data Folha. Eles respondem sete questões que estão presentes na discussão sobre a credibilidade e validade das pesquisas eleitorais. São elas:

1. Quais são os tipos de pesquisas?
2. Como elas são feitas?
3. O que é a margem de erro?
4. Como devo interpretar os resultados?
5. Quantas pessoas são entrevistadas?
6. Por que não conheço ninguém que participou?
7. Qual a influência das pesquisas?

Veja a última pesquisa eleitoral, para presidente, divulgada pelo Ibope:


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