domingo, 3 de outubro de 2010

Arrocha, samba e fantoches na propaganda política baiana

A popularização de propagandas eleitorais, na internet, através da exploração de produtos familiares ao público baiano

A televisão, considerada o maior meio de propaganda eleitoral, tem concorrido com uma adversária de peso: a internet. Ainda que não possua impacto semelhante, já que é menos centralizada e não atinge o mesmo número de pessoas, ela possibilitou a construção de novas estratégias de marketing político digital que, por sinal, obtiveram grande sucesso.

Os profissionais responsáveis pela campanha eleitoral dos candidatos que disputaram o governo baiano, por exemplo, se apropriaram de produtos que fazem sucesso no estado e as incorporaram às campanhas, principalmente na internet.

Os marqueteiros da candidatura de Jacques Wagner (PT), por exemplo, incorporaram o sucesso que o arrocha tem no estado e inseriram o ritmo em um clip eleitoral que cutuca os adversários. A propaganda do candidato petista, além de mostrar o clip, pedia que os telespectadores acessassem o youtube para acompanhá-lo na íntegra, buscando sua popularização.




Do mesmo modo, o candidato Geddel Vieira Lima (PMDB) aproveitou-se de um vídeo postado na internet que critica, através de um samba, os gastos com propaganda do governo e, apesar de não mostrá-lo em seu programa eleitoral, já que não foi produzido por sua campanha, pede que os telespectadores o assistam no youtube.



Os marqueteiros dos dois candidatos citados anteriormente incorporaram, ainda, a estrutura dos desenhos animados e as inseriram, também, nas propagandas eleitorais. O candidato Jacques Wagner usou a internet para divulgar uma animação em 3D em que aparece com Lula e Dilma para fortalecer a ideia de que são irmãos de fé e de que, juntos, são mais fortes.



Geddel Vieira Lima, do mesmo modo, usou a estrutura do teatro de fantoches aliada à uma animação musical para criticar os gastos do atual governo com propaganda. Os vídeos produzidos para sua campanha foram vistos no horário eleitoral gratuito, na TV, e popularizados na internet.



Em suma, apesar de a televisão ser, ainda, o instrumento eleitoral de maior impacto, já que é o mais centralizado e atinge o maior número de pessoas, a internet tem se mostrado muito mais aberta a novas estruturas de narração propagandista. A popularização dos vídeos na internet tem levado os marqueteiros a investirem em novas formas de abordagem, buscando a familiaridade do público com os candidatos.

Com a reeleição de Wagner, hoje (03-10), o arrocha petista mostrou-se muito mais familiar do que o samba peemedebista.





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