terça-feira, 24 de agosto de 2010

A famosa campanha de Barack Obama


Em 2008, o mundo parou para acompanhar de perto a eleição presidencial que ocorria nos Estados Unidos. Pode-se dizer que isso se deu basicamente por dois motivos: 1. a relevância política e econômica de um país no qual o presidente eleito poderia mudar o futuro de várias nações; 2. o grande alcance do marketing político do presidente Barack Obama através da utilização da Internet e, mais especificamente, das redes sociais.

Definitivamente, a campanha do atual presidente dos EUA modificou o modo de se ver e fazer política. Nas eleições dos anos anteriores, já podia-se notar um tímido uso da Internet como mais uma possibilidade de divulgação das propostas dos candidatos. Porém, Obama não se restringiu a isso. Além de mostrar ao mundo as suas principais ações, ele também estabeleceu uma rede de comunicação direta com os eleitores, principalmente com o público jovem-adulto. Através da criação de sua própria rede social, o MyBarackObama e de contas no Facebook, Linkedin, Digg, Eventful, Myspace, Youtube, Flickr, e Twitter, Barack divulgou suas propostas, esclareceu dúvidas e, acima de tudo, conquistou milhares de eleitores.


No seu site oficial, também havia espaços para notícias, conteúdos personalizados por estado, loja virtual, comunidades, fotos, wallpapers, músicas, conteúdo para celular, espaço para debates online, entre outros. O eleitor que se cadastrasse no site recebia constantemente e-mails, convites, solicitação de ajuda financeira, vídeos, material de campanha, relatos da campanha e atividades da equipe de Barack Obama. Por fim, a equipe de profissionais especializados também criou um aplicativo para o Iphone, em que o usuário era atualizado por notícias, propostas, agenda do candidato, entre outros.


Diante de tantas ações, o resultado não poderia ser outro: além de conquistar a presidência dos EUA, Obama, através da sua campanha, arrecadou meio bilhão de doláres em doações online; recebeu mais de 1 bilhão de e-mails; 1 milhão de pessoas se tornaram assinantes do sistema de envio de mensagens pelo celular; 200 mil eventos foram planejados; 400 mil posts escritos; mais de 35 mil grupos foram criados por meio da rede MyBarackObama; mais de 120 mil pessoas passaram a segui-lo no Twitter; 2.3 milhões de pessoas participaram do grupo no Facebook e seus vídeos no Youtube completaram mais de 11 milhões de views. Segundo Carlos Merigo, a campanha de Obama "(...) reescreveu as regras de como atingir os eleitores, arrecadar dinheiro, organizar voluntários, monitorar e moldar a opinião pública, além de lidar com ataques políticos, muito deles feitos por blogs que nem existiam há quatro anos atrás".

Baseado nesse resultado que as campanhas eleitorais do Brasil estão ganhando novos rumos. Além de sites e blogs, os candidatos passaram a fazer parte de diversas redes sociais, nas quais divulgam suas propostas e tentam realizar uma espécie de "aproximação" com seus futuros eleitores. Diante disso, pode-se notar que o Marketing Político digital tornou-se um mecanismo extremamente interessante para os candidatos, não só pelo seu baixo custo, mas, principalmente, pelo seu grande alcance.

Fontes:



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